quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Meu amor

Hoje estive pensando em algumas questões. Em como o percurso da vida é engraçado e louco. Mas, em meio a tais, estive, também, com o pensamento nas coisas sublimes que encontramos nessa caminhada. Uma dessas coisas, claro, é o amor. Porém, a forma como o amor chega pra nós é tão especial quanto. E pra mim foi assim. Lembro-me bem, mas com estranheza, de como eu já o amava. E nunca tive problemas em dizê-lo. Eu o amava com outro amor. Eu era quase criança, quase gente grande. Mas meus sonhos sempre foram do mesmo tamanho. Eu fui acolhida por ele em troca de nada. E isso foi a maior salvação humana que eu poderia ter no meio de tanta hipocrisia com cara de amor. A partir de então, pude perceber que o evangelho que estava escrito na minha bíblia velha poderia ser praticado. Aprendi de Jesus com ele na prática porque a teoria estava muito bem decorada, graças às minhas raízes cristãs históricas. Ele sempre foi o meu melhor professor. E ainda por cima, era meu amigo. Uma espécie de irmão mais velho ou algo do tipo. Era um amor cheio de gratidão. O tempo passa, a vida segue seu fluxo e a gente dança. Os corações também. Cada qual batendo por um alguém.
Alguma coisa aconteceu no percurso da ordem dos encontros e desencontros. O amor bonito virou amor sublime.
A minha vida sempre foi legal. Tive a oportunidade de fazer o que eu queria muitas vezes. Fiz o curso técnico que queria, entrei na universidade pública pra fazer o que eu queria, fiz uma viagem internacional a trabalho e minha adolescência foi o máximo. Mas depois que o amor passou por sua metamorfose, tudo fez sentido. A sua companhia me deixava sempre abismada de como seriam todas essas coisas se ela não existisse. Elas simplesmente seriam. Mas só seriam. Apenas seriam. E passariam. Ele as fez muito mais vivas. Minhas memórias estão cheias desses guardados vivos. Coloridos. Dançantes. Nem se eu namorasse um bailarino profissional, esse amor dançaria tanto. Confesso que para um professor de história, ele dança muito bem. E resolvemos dançar juntos, como que num pé de valsa, pra sempre.

Tenho muitos medos. Ainda medos de anos atrás, a quase criança e quase gente grande me acompanha na vida. Confesso, isso faz um mal quando se trata dos medos. Contudo, a vida não espera. E eu estou aqui. Deixando um registro escrito para o meu amor bonito que virou amor sublime. Um registro não formal pra dizer que o meu amor é a melhor pessoa que conheci. Que antes de ser meu melhor amor, ele foi meu melhor professor. E tem o verde mais lindo que meus olhos já puderam contemplar em outros olhos. Registro que meu amor sublime tem nome e sobrenome. Meu amor sublime chama Wander Pinto de Oliveira.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Por você e não pelo sistema

O que acontece hoje com a igreja, acontecia há muito tempo na história.
Os fardos sempre muito pesados arrastam os fiéis e aquilo que deveria ser feito por amor, é tristemente forçado em leis com pena de exclusão da sociedade que prega o amor. 
Estou aqui escrevendo e lembrando de uma moça que parou meu noivo, confusa porque o seu pastor estava fazendo um propósito com fios de cabelo e o não-cumprimento do propósito resultaria em maldição na sua vida. 
Dor no meu coração. Os leigos da Palavra, mas não menos filhos por isso, não merecem ser enganados. NINGUÉM merece ser enganado.
"Agora, pois, NENHUMA condenação há para os que estão em Cristo Jesus." (Rm 8:1)
Quer coisa mais linda que essa??? Não tem!!!
"Em vez de dar a vocês a Lei de Deus como se fosse comida e bebida, com as quais vocês poderiam se banquetear no Senhor, eles a amarraram em pesados fardos de regras, transformando vocês em animais de cargas. Eles parecem ter prazer em vê-los cambalear sob o peso e não movem um dedo pra ajudar. A vida deles são contínuos shows de moda, orações enfeitadas com mantas num dia e preces floreadas no outro. Eles fazem questão de sentar-se à cabeceira da mesa nos jantares, primam por posições de destaque, enfeitam-se com o brilho da bajulação pública, colecionam títulos honoríficos e querem ser tratados por 'Doutor' e 'Reverendo'. Não permitam que eles também ponham vocês nesse pedestal. Porque há um único Mestre, e todos vocês são alunos. Não elejam especialistas na vida de vocês, permitindo que lhes digam o que fazer. Reservem essa autoridade apenas para Deus (...)" (Mt 23:4-10)
O amor do Aba é tão bonito e libertador que nos deixa completamente livres de algemas físicas, espirituais, emocionais e psicológicas.
"Na lei do sábado, há muito mais que religião. Se vocês tivessem a menor ideia do significado daquela passagem da Escritura que diz: 'Desejo um coração sensível, não um ritual inflexível', vocês não seriam críticos de detalhes. O Filho do Homem não é escravo do sábado: é o Senhor dele". 
(Mt 12:6-8)
A Lei que está impregnada na religião cheia de dogmas é muito menor do que você. É muito menor do que a causa da morte de Cristo. Porque foi por você e por amor. Pra que hoje a sua vida seja cheia da GRAÇA e abundante!!!
Como eu poderia deixar de citar o meu preferido dos evangelhos?? Lucas 7 conta a história da prostituta que deixou os religiosos revoltados porque Jesus deixou-a lavar os seus pés com o cabelo e perfume. No meio da festa dos caras. E Ele entendeu na mesma hora que aquele que foi perdoado de muitos pecados, tem imensa gratidão. Recebeu a adoração sincera daquela mulher e criticou a arrogância  dos religiosos-sabe-tudo. Tapa na cara da sociedade. E da sociedade crente! rs
Seja livre, pelo amor que nos foi dado de tal maneira... (penso em uma pausa longa aqui) ...que tivemos o Pai ressurreto para a nossa sorte!
"Vocês estão cansados, enfastiados de religião? Venham a mim! Andem comigo e irão recuperar a vida. Vou ensiná-los a ter descanso verdadeiro. Caminhem e trabalhem comigo! Observem como eu faço! Aprendam os ritmos livres da graça! Não vou impor a vocês nada que seja muito pesado ou complicado demais. Sejam meus companheiros e aprenderão a viver com liberdade e leveza". (Mt 11:28-30)

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Onde tudo faz sentido

Estou estagnada neste exato instante. Por aquela presença que não se diz. Um choro, uma gratidão, uma adoração, um amor sem igual... vontade de ficar com a bochecha na bochecha dele pra sempre. Whatever!
E neste estado em que me encontro, queria dizer e queria também que todos soubessem que não adianta discutir filosoficamente a teologia sobre qualquer evangelho ou teoria que se dão em massa sobre a nossa sociedade contemporânea. Queria também uma vida mais leve. Queria poder me preocupar com coisas dignas de preocupação, pautadas no amor que não tem peneira e que também ama o que não merece. Não quero discutir o que é ser igreja (apesar de achar uma discussão pertinente) porque estou perdendo muito tempo nesta discussão. Não quero também entrar no mérito "merecimento", "julgo" e "jugo". Quero viver livre por causa da morte de Cristo. Livre de todos os pudores nojentos que a religião me informou guela a dentro durante os anos. Quero ser sal da terra. Dar gosto, conservar, temperar e ajudar a não apodrecer. Quero ser luz do mundo. Iluminar com humildade, graça e Jesus. E quero fazer essas coisas com muito de mim. Com toda a humanidade que o Divino me deu. Porque descobri que Deus não se escandaliza com a minha humanidade. Na verdade mesmo, quero continuar aqui. No afago dEle, onde tudo faz sentido.

sábado, 7 de dezembro de 2013

Romance

Hoje faço aniversário de batismo. E isso me fez repensar a vida... Cheguei a conclusão de que eu não podia ser mais feliz. Olho pra minha vida hoje e é maravilhoso o que ele fez comigo em apenas um ano. Enxugou minhas lágrimas, me deu amor divino na dor, me abraçou, cuidou de mim e me restaurou de uma tal forma, com um tal cuidado... penso em alguém fazendo renda ou até mesmo no oleiro dando acabamento no seu vaso. É lindo! Minha poesia é Ele. É o que ele fez de mim. É cada detalhe que Ele cuida. Ainda bem!
Mais um ano dessa história de amor... Obrigada, Aba!

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Asa Delta

Fechar ciclos, começar ciclos. Acabar fases, começar fases. Essa é a composição de uma estranha viagem que atende pelo nome de vida. E dentro destas fórmulas há a apavorante necessidade de esperar.
Esperar é criar a dependência de Alguém ou/e ter a conformação de que você não está no centro de tudo. Esperar é caminhar e caminhar é, inevitavelmente, terminar e começar.
Finalizar, geralmente, é a parte mais difícil da sua vida. Dizer adeus, abandonar, desapegar e ir embora parecem ser coisas que nunca vamos aprender a fazer. Mas sinto lhe dizer, elas são inevitáveis.
Tenho aprendido porque Salomão disse que finalizar é melhor do que começar. Os fins só são melhores porque proporcionam um novo começo. E não há nada de melhor nessa vida do que a novidade!
Mas antes da novidade chegar, pode ser que o medo chegue. Nós, seres humanos, somos, cientificamente provado, resistentes à mudança.
Entrega o teu medo e pula de asa delta, vai e vê a paisagem linda que você está perdendo por medo de novo.
Meu namorado me disse uma vez que Jesus é especialista em reconstrução, reinvenção, restituição e recomeço.
Feche o ciclo, comece outro. Você tem coisas lindas pra viver! E os medos, receios? Entrega para Aquele que tem coisas que olho nenhum viu, ouvido nenhum ouviu e o homem nunca sentiu pra você.
"(...) mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam, e avançando para as que estão diante de mim, prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus." (Filipenses 3:13-14)

segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Diálogo fascinante


31 de dezembro de 2012. Estou no interior do Rio de Janeiro. 14h 40min. Andei rumo à um lago, mais ou menos 20 minutos do quarto onde durmo por aqui. O caminho até o lago é bem parecido com finais de filmes, uma bela vista. Há um caminho de pedras pelo chão, do lado direito uma montanha. Do esquerdo, muitas, muitas árvores.
Cheguei então perto do lago, onde me sentei num banco de frente para as muitas, muitas árvores. Confesso-lhe que há muito tempo eu não ficava sozinha. Digo sozinha, pra ficar com você mesmo. Sem ter o que te distrair, cantar, batucar ou dispersar. Você e Ele. Parei onde estava, senti o cheiro de verde e tive a certeza de que o meu Pai estava ali. Derramei algumas lágrimas por pensar que enfim, o ano estava acabando. Passou aquele clichê filme de tudo o que eu vivi e percebi onde a culpa foi minha, e para a minha surpresa, ela estava na maioria das coisas que deram errado – em quase todas. Então, entreguei meu próximo ano e tudo que estava por vir nele, inclusive meus vacilos.
Olhei pra cima e de repente, folhas iguais começaram a cair com um mesmo intervalo de tempo. Era Ele dizendo: “Ta vendo essas folhas? Cada uma delas só está caindo com a minha permissão. Eu sei que você não consegue compreender muito, e às vezes até esquece. Mas eu cuido de você, e qualquer folha que for cair, cairá com a minha permissão. Nada escapa do meu controle.”.
Olhei pra frente e percebi como aquelas milhares de espécie de árvores louvavam a Deus com uma harmonia indescritível. Na mesma hora eu disse que queria adorá-lo da mesma maneira, a natureza O louvava todo tempo! Então soprou um vento e eu ouvi um som de música, eram elas... uma borboleta branca como algodão com contorno em preto, como se alguém tivesse posto delineador em suas asas, dançava um balé clássico ao som da música que as árvores faziam exuberantes com o vento. Um coral de cigarras fazia um soprano que eu jamais ouvira.  E o diálogo continuou: “Você não viu nada. Viu como o louvor acontece quando o vento passa? Assim também é com vocês e o Espírito Santo.”.
Olhei pra baixo, havia um formigueiro. Uma formiguinha que estava ao lado do meu pé pegou um pedaço de madeira, provavelmente de alguma árvore, bem maior que ela e carregou sozinha até perto do formigueiro.  Ali, muitas formigas foram ajudá-la e juntas puseram o galhinho dentro do formigueiro. Então Deus me disse: “Por mais que esteja pesado, dolorido, sufocante, haverá sempre alguém pra te aliviar, dividir sua dor e caminhar contigo, Eu vou mandar.”.
Depois de ver e ouvir em todas as direções a resposta da entrega do meu ano, terminei em lágrimas o diálogo com o meu pai cantando: “Eu quero te amar por quem Tu és e não pelas bênçãos que tens pra mim. Só quero te abraçar, te beijar e em teus braços te adorar e ouvir Tua voz me dizer: ‘és meu filho amado, em quem me comprazo... ’”. Certa de que Ele não me poupará do Seu amor, caminharei para o próximo ano, despida de toda hipocrisia que eu mesma criei. Ele me despiu, me mostrou quem eu sou e quem Ele é. E também me mostrou quem eu posso ser porque Ele é.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Ofício

É fazer de cada queda um passo de dança e depois com esses mesmos passos, dançar sobre toda a dor. É fazer uma dança exuberante, celebrando porque eu não tinha nada e agora eu tenho vida. É dançar feito seda e algodão, na representação mais simples do poder que tem um perdão. É continuar a fazer da dança, o lugar que se remete a casa do oleiro, é onde Ele me faz e desfaz. É fazer com que os pêlos das pessoas fiquem em pé com a minha dança. Porque ela não é simplesmente um mecanismo de movimentos marcados. Ela é a minha própria superação, onde eu tenho o momento mais íntimo e sincero com o meu Pai.
Muita dança em 2013!