quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Entender. Cabe a você?

Não tive como não chorar diante de uma situação tão triste... perder uma criança a qual é tão esperada é realmente devastador. Colocamos em prova agora nossa fé e esperança.
Os porquês são gritados aos sete ventos... só há silêncio. E choro. 
E quanto mais resposta busco, menos encontro. Só sei da existência da soberania e isso parece me bastar.
"Digamos que um casal tenha muitos filhos e que viva por muito tempo, mas nunca desfruta nada - mesmo que tenha um funeral de primeira, eu diria que um bebê que nasce morto tem mais sorte que essa casa. Ao menos, seu nascimento é sem sentido e sua morte também - nem sequer teve um nome. Não viu nada nem conheceu nada, mas está em melhor situação que qualquer um que vive esta vida!" 
(Ec 6:3-5)
Minha única certeza é que consolo, conforto, colo e paz não hão de faltar.
Além do choro e da oração em favor de vocês, meu desejo é que prossigamos, sem perder o alvo, acreditando que olhos, ouvidos nunca presenciaram, e que jamais penetrou em coração humano o que o bondoso Pai tem preparado à vocês. 
À família "de Souza".

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Sobrevivência

Não há nada neste mundo mais bonito que o simples. Vi e vivi coisas tão bonitas e simples nas últimas semanas...  Fui belamente surpreendida com um amor inegável de algumas pessoas no meu aniversário. Elas fizeram questão de lembrar do que eu passei. Mas fizeram questão também de mostrar o que foi feito de mim. E que, HEY!!!, eu sobrevivi. 
E graças a graça, eu sobrevivi pra ver coisas... tipo um homem no ponto de ônibus, vendedor de bala, sair do ônibus e agradecer ao motorista por tê-lo deixado entrar com a maior alegria, e um sorriso humilde e feliz em seu rosto, em pleno sol a pique no Rio de Janeiro, numa segunda-feira enquanto eu reclamava  por estar indo a escola.
Sobrevivi pra voltar ao Arquivo Nacional e testificar de que não existem palmeiras mais altas e belas como aquelas.
Sobrevivi pra fazer faxina com a minha mãe e reparar que algumas sujeiras e manchas não saem com o esforço da maioria, elas te pedem um pouco mais de força pra esfregar até que saiam, e que isso acontece exatamente com a nossa vida. 
Sobrevivi pra escolher entre o lucro e a satisfação.
Sobrevivi pra pensar que, ao invés de fazer enterro dos ossos depois de um churrasco, eu posso dar a quem não tem.
E sobrevivi também pra amadurecer.
Não há nada neste mundo mais bonito que o simples.